Welcome To Hell

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Músicas #1



Revendo “Woodstock 3 days of peace” vejo as magníficas atuações de Janis Joplin- aquela que foi expulsa do Copacabana Palace por nadar nua- com aquela voz roca e adorável, vejo também as atuações de Johny Winter, The band, Ten Years After, The Who, The birds, Joe Cocker( com aquela roupa bem hippie, totalmente “groovy”, botinhas de cowboy e uma voz que nunca vi igual em toda música de rock, superável apenas por poucos que não cantavam (Sinatra, Armstrong..)pouco, e a apresentação que eu gosto em especial, Canned heat: Hite com aquela barba de judeu alucinado, cantando para 400 mil pessoas, então que surge um fã e rouba um cigarro seu... para saber o resto da estória só assistindo. E o que falar de Hendrix? – o próprio nome já diz tudo.


Woodstock foi marcado como sinal de rebeldia à guerra do Vietnã, ao capitalismo(era sim, juro!), ao modo de vida americano(?) mas o que realmente importou nesse festival (pelo menos para 99% das pessoas que estiveram lá) foi o uso liberado de todos os tipos de drogas, sexo à vontade e muita música boa.

Deixando o festival e Bob Dylan lá em Woodstock, voltemos para o Brasil...
Não sei se sou apenas eu, mas ultimamente não dá para ligar o rádio e ouvir uma música boa( no máximo CBN e olhe lá), infelizmente fomos(e continuamos a ser) bombardeados por todos os lados com o pior que existe na música: sertanejo, axé, funk brasileiro(James Brown, não se remexa no túmulo), Reggae brasileiro(nem você Bob), rock brasileiro(sejá lá o que isso signifique), trance (?). Não sou ingênuo, já percebi que a mídia exibi aquilo que vende, ou seja, aquilo que o “povo” gosta, capitalismo simples, Marx: "o que gera dinheiro é mostrado", isso desde João Gutenberg, assim que é a vida, “keep walking”. Mas partindo desse mesmo princípio, por que não mostrar também aquilo que é vendido em outros países? Como Hendrix, Led Zeppelin, Pink Floyd, Deep Purple, Bach, Beethoven, Mozart, Vivaldi et coetera. Será que a mídia acha que não temos capacidade de apreciar esse tipo de música?Produzimos a bossa-nova e somos obrigados a ouvir Netinho? Será que todo o Brasil gosta de ouvir Ivete Sangalo levantando poeira(acho que ela deve gostar muito de PÓeira não?) Me recuso a acreditar nisso, embora me mostrem cotidianamente o contrário, existem pessoas aqui que gostariam de ligar o rádio e ouvir Eric Clapton e Jimmy Page quebrando na guitarra, ou Miles Davis no jazz.

Post-Scriptum: se você é daqueles que não ouvem nada do que eu citei(ou ouvem e querem “experimentar” uma viagem musical) clique aqui e ouça a melhor voz do rock em sua melhor apresentação.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Política #1

Estou a escrever essas primeiras palavras com a única e van intenção de aliviar meu cérebro desses pensamentos sórdidos, cruéis e deliciosos, aos quais me compraz pensar.


Hoje acordei um tanto entediado para estudar(coisa que faço regularmente), em vez disso fui rever meus velhos e bons livros que tenho em casa... E pegando um, ao qual me dá imenso prazer falar seu título e autor: Filosofia na Alcova, Marquês de Sade, livro depravado, imbecil e ao mesmo tempo apaixonante. Rever as perversidades do Marquês me dá impulsos, frenesis, êxtases, me faz até: pular do sofá. Depois de uma boa dose de sensualidade sadista e macabra, pego a boa e velha revista de economia: Exame.

Examinando suas reportagens, fixo numa: “ Mãos - de - obra estão em falta no Brasil”, claro que não estão- e a reportagem explica isso em seu corpo- o que está em falta no Brasil é ensino de qualidade, mão-de-obra qualificada: como formar técnicos e universitários quando não se tem ensino de base? A própria constituição comete a gafe de dizer que: “... ensino fundamental é dever .... subjetivo...” ora; dever subjetivo? Doutos me expliquem o que isso significa -talvez que o Brasil seja um país hipócrita?. Na reportagem pessoas importantes elogiam o Brasil, porém apontam que: “se o Brasil não qualificar sua mão-de-obra com as exigências do mercado, haverá um apagão...” já existe caro colega, e ele começa nas escolas, onde quem deveria ser o corpo docente vira corpo descrente, tornando os alunos mais imbecis que eles próprios, um bom exemplo disso: são professores(que deveriam saber mais que os alunos) não saberem escrever o próprio idioma corretamente, usando crases em palavras repetidas, usando acentos onde não deveriam ter, e o que mais me enoja: influenciando o aluno a ser mais um estúpido no Brasil, não dando a ele oportunidade de escolha, sendo ela cultural, artística, tecnológica ou religiosa.

Professores( a grande maioria da rede pública) por não estarem a nível de educar nem uma criança de 6 meses, entopem a cabeça da criança com tanta besteira( isso inclui axé, paulo coelho, informações erradas, didática ultrapassada....) que elas ao crescerem viram tão miseráveis quanto o professor, agora os bons que me desculpem. O Brasil precisa caminha muito para se tornar um país de primeiro mundo(mesmo que o grande clichê hoje seja: o Brasil já é uma potencia econômica), uma rápida comparação: na Finlândia 88% dos alunos de ensino médio já saem com cursos técnicos, no Brasil míseros 4%, e olha que a Finlândia nem arrecada tanto imposto assim... mas isso já é conversa para outro tópico.