Welcome To Hell

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

From now on


This will be my first text in english that i will write here. In this first text I would like to address a subject which is the majority importance to me: when and how I dedicate myself to pursuit the diplomat’s track

To discoverer what I wanted to become I had to been through much thing. Everything starts when I was nearly finishing the high school. At that time with 17-year-old I do not have idea what to do after the high school but I had a plan on my mid that was to do a Technical course before I enroll myself into a Graduation, just to make sure that is the area that I really wanted to work for. So, I tried to become a Mechanic and I studied at IFES for one year, but I realize that I did not born to become nothing connected with engineer process. Then I tried something a little different: Technical in Ports – which makes me think during a year that I passed there that I was completely lost about my future, and most important about my career. In the first year wasted there I start to figure out “my wishes”. So I started my course trying to reach a public service – and for that I had to study a great deal of time.

When I mad 18-year-old I I passed in 4 tender
s. And I started to like to make tenders: the adrenaline, the hash, the jitters. Then I passed I waited one year before taking the office and during this year waiting I had time to read a lot of stuffs, and in one of that stuffs were a little article named: Diplomat’s responsibilities. I loved this article and I fell in love with the career since then. At the middle of 2009 I realize what I wanted to become in life ant that made me enroll myself at UFES and start a Graduation.

And since then I have focused in this. Improving my languages that I always studied since kindergarten: English and Spanish and doing a graduation in French. Perhaps it is not the better way to discover what you want to be in your life but definitely worked with me. And if I could give one small advice to everyone is that you must know what you really want to be and then fall in love with because sooner or later it will make all difference in your life. And remember to always be in focus.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Desemprego; casamento tardio; e um relato (in)surpreendente ao final



A priori pensei em escrever este artigo em inglês, pois, poderia citar expressões no original de minhas fontes, mas resolvi escrevê-lo em português, visto este ser um assunto recorrente a nós, jovens brasileiros, e nada mais patriótico do que escrevê-lo em língua colonizadora.

Notícias surgem na Europa, no Oriente Média e, em menor escala, nos E.U.A sobre o “Grande Desemprego(sic) - há, aproximadamente, 207 milhões de jovens desempregados.”. Dados recentes mostram que nunca tivemos tantas pessoas trabalhando no mundo – cerca de 3 bilhões de pessoas – porém, também, mostra que metade destes são mal remunerados.

A Europa vive um surto de desemprego, a exceção da Alemanha que conseguiu diminuí-lo, com porcentagens alarmantes e preocupantes de jovens desempregados(young unemployement ). A parte Sul da Zona do Euro está mal das pernas: a Espanha contava, em 2007, com 20% de desempregados, hoje conta com quase 45% (The Economist Inteligence Unit), a Grécia com quase 16% e a Itália com 13%.

O todo poderoso E.U.A vai, também, aos trancos e barrancos: em 2007 a taxa de desemprego era de 5%, hoje são de 9%. A maioria jovem. No Oriente Médio as taxas são ainda mais extravagantes: no Egito 27%, na Tunisia 39% e na Síria 28%.

As coisas que mais me chamam a atenção nisso tudo é a quantidade de jovens(entre 15 e 25 anos) que estão desempregados, nunca na história mundial houve tantos jovens fora da labuta.

Essas estatísticas foram transformadas em manifestações ao redor do mundo, influenciando a Primavera Árabe na Turquia e, em seguida, na praça Tahrir Square(desculpe a redundância) no Cairo, Egito. Na Europa não foi diferente: riots na Inglaterra, manifestações dos Indignados na Espanha(onde percentual de jovens fora da labuta é em torno de 50%) e os pequenos alvoroços em Portugal. Nos E.U.A começou, nas semanas passadas, uma manifestação nas ruas de Wall Street, onde os seus causadores eram(e são) jovens que, na maioria das vezes, estavam (ou estão)a procura de um emprego –no país das oportunidades o desemprego para aqueles que possuem uma Graduação subiu de 2% para 5%, enquanto para não-Graduados cresceu de 11% para 17%.

Um artigo recente que saiu na revista Foreign Affairs mostra que nunca se ganhou tanto dinheiro no trabalho. Porém, o artigo destaca que enquanto o topo da pirâmide – aqueles que detêm os mais variados graus de especialização, cursos, idiomas e experiência – duplicam seus salários a cada ano, aqueles menos preparados – diz-se: menos estudados – veem seus salários serem devorados pelos impostos. A desigualdade salarial nunca foi tão grande em países emergentes e desenvolvidos – o México conta com uma faixa de desigualdade perto dos 0.7(sendo que 0 é igualdade e 1 a completa desigualdade); E.U.A 0.4; Brasil 0.5; China 0.4.

O casamento, assim como o (des) emprego vive um tempo diferente daquele que vivera outrora.


Na Ásia, por exemplo, nos anos 70 apenas 2% das mulheres continuvam solteiras depois dos 30 anos, hoje, somam quase 20%(fonte Asian Economic Development e The Economist). Enquanto que a idade para casamento também aumentou: passando de 25 anos em 1970 para 30 anos em 2010.


No Japão, cujos índices de “solteirice” sempre foram baixos, hoje beiram aos absurdos 30%.

Em Singapura os dados são os mais extravagantes possíveis: 34% das mulheres continuam solteiras após os 30. A situação é tão crítica que até o governo disponibiliza um site para relacionamentos – a preocupação deve-se ao fato de que mulheres que não se casam até os 40 anos, na maioria das vezes, não se casam mais e, consequentemente, não geram filhos(força matriz-futura da economia dum país)

As Chinesas estão quebrando o paradigma de que a mulher é quem faz tofu e serve cachaça de arroz. Aos poucos estas estão estudando mais e se valorizando, fazendo com que, assim, valorizem mais a educação e o trabalho do que a idéia de construir uma família.
Dados recentes mostram que as Asiáticas mais bem educadas não se casam – cerca de 2/3 das mulheres graduadas continuam solteiras após os 30 – e as que resolvem se ajeitar, se casam somente com maridos que ganham mais do que elas.

Para mim esses 2 assuntos abordados se identificam como causa e consequência ( desemprego e casamento tardio, respectivamente). Ora, casar, formar uma família, educar os filhos, são coisas caras, coisas que desempregados com visões "classe-medianas" não conseguem. Com a diminuição das oportunidades no mercado de trabalho e jovens graduados prestando serviços mal remunerados e contratos de trabalho que não garantem estabilidade nenhuma, ficou difícil inicar uma família nos loureis 25 anos- há também o fato de que os jovens,
contemporaneamente, ganham dinheiro para satisfazer, única e exclusivamente, seus desejos levianos e fúteis . Àqueles com a vontade de construírem família ficou mais difícil. A Graduação na faculdade já não garante mais emprego, nem tampouco uma remuneração digna – visto a escancarada “indústria dos canudos", o ensino superior deixou de ser um símbolo de reconhecimento. Soma-se isso ao fato de que as mulheres desistiram de casar, ou se desejam, querem aqueles com salários maiores que os dela – caso sua namorada venha a se tornar uma Diretora Comercial, cuidado, grandes chances de você ser(ou já ter sido) trocado pelo Presidente da empresa(ainda mais se ela for bonita). Tornou-se difícil, batalhado, perene, sadomasoquista, a tentativa de construir uma família nestes tempos, mas, para aqueles que não desistem e que contam, assim como eu, com uma namorada-anjo, a vertigem duma família ao lado desta vale cada sacrifício, cada noite sem dormir, cada centavo juntado, cada ano esperado, pois, como dizia meu grande e inspirador mestre Napoleon Hill: “ a sorte sorrirá para aqueles que creem até o fim: eu vencerei!"


PS: em pesquisa recentemente publicada pela The Economist, 9 em cada 10 pessoas largariam o emprego se tivessem oportunidade de trabalharem em outro. Fiquei preocupado, será que estamos na era da Depressão?

domingo, 9 de outubro de 2011

Jornais e Eu



Sou tarado por jornais. Desde os meus 17 anos que, com a curiosidade da idade, me ative a conhecer vários.


Primeiro a premissa: meu estado tem 2 principais jornais regionais de nome – dos quais não citarei, mas não é difícil saber quem são. Nos primórdios, como no mundo business, eu aprendi com meus erros, ou seja, lendo-os. A leitura destes é incessantemente medíocre - análises fracas, colunistas(salvo alguns) que parecem nunca ter lido um livro inteiro na vida e jornalista que faltaram às aulas de gramática – não é raro encontrar uma crase em repetições: “ 2 à 2” ou uma concordância errada “eles trabalhou...”. Mas, aos 17 anos pensei que tudo era “planejado”, achava eu, em minha ignorância, que aqueles eram jornais de qualidade, visto que nos obrigavam a lê-los – pais, professores, amigos. Acreditei nisso, porém, minha sensatez não deixara mais passar despercebido análises erradas, erros gramaticais grotescos e, leituras cujo único foco é a quantidade de pessoas que morrera naquela tarde.

Aos 18 não aguentava mais lê-los, desisti. Procurei a solução em outras fontes, desesperei-me. Achei que Jornal era tudo ruim, circo popular, onde as pessoas iam procurá-lo para sentir pena da desgraça dos outros. Comecei, então, por desespero e prudência, a procurar outros e foi então que conheci os “Grandes”.


Primeiro, me veio o The New York Times, que mesmo com um inglês desde pequeno sendo lapidado, me foi difícil ler artigos de colunistas como Friedman e Chomsky – que me levou a uma busca incessante ao dicionário.


The Wall Street Journal, o maior jornal em circulação nos E.U.A, veio logo depois. Conheci-o através das várias citações do NYT(New York Times). A análise financeira é referência – e por que não dizer dogma – do Mercado. Aos 18, não entendia nada do que aquele jornal dizia, as palavras eram muito técnicas o que tornou a sua leitura um tanto enfadonha visto que para ler um artigo eu demorava 2 horas – sendo que 1 hora e 59 minutos eram procurando os significados das palavras como “brinkmanship; bankruptcy; cutting-edge”. Mesmo não entendendo muita coisa, continuava fascinado pelos diagramas de projeções e análises dos mercados.


The Financial Times veio-me atráves do WSJ(Wall Street Journal). Nessa época já havia experimentado 1 ano de leitura do WSJ e NYT(New York Times), e mesmo com dificuldades, visto que é um jornal, também, muito técnico, consegui lê-lo. Este diferencia-se do WSJ por linguagens mais garbosas, artigos enxutos e colunistas conservadores. Adentrava-me aí ao mundo jornalístico Britânico, cuja próxima parada foi o meu preferido até hoje: The Guardian.


The Guardian, junto com o The Observer(jornal irmão) formam, para mim, a dupla perfeita no mundo jornalístico. Conheci-os quando tinha 20 anos, àquela época, já havia passado pelo crivo de 3 anos lendo jornais de língua estrangeira, cuja a linguagem é extremamente técnica e formal(NYT, FT, WSJ, WP), com isso me permitiu adentrar no mundo “The Guardianano” com certa facilidade. A priori não via nada demais nele, apenas alguns poucos colunistas medianos e uma análise na conjuntura Britância com algumas “spotlights” internacionais . Erro meu. Ao analisar, profundamente, descobri que este era um dos jornais – senão O jornal – que melhor defendia a democracia. Artigos nos quais as duas partes eram ouvidas, o repúdio total a qualquer forma de censura, os artigos confrontando o governo e o PM(Prime Minister), análises embasadas e bem argumentadas. Long Story Short, um jornal, ao meu ver, completo – não foi à toa que foi eleito o melhor jornal do ano.

Aos 19 anos, acabei meu curso técnico e, horrorizado com a experiência, resolvi seguir uma área totalmente diferente das áreas voltadas para Engenharia. Decidi fazer Letras – Francês ( cujo o Francês em si nunca havia estudado). I gave a shot. Comecei, então, a aprender a lingua do “biquinho” o que me levou a conhecer vários jornais, destaco 3: Le Monde, Le Monde Diplomatique, El Pais(este em Español).


Le Monde é um jornal centro-esquerda. Comecei a tentar lê-lo quando estava no ínicio da minha graduação. Não entendia nada. A linguagem culta e pedante dificultava a leitura dum leigo na língua. Só pude perceber o quão bom o jornal era após 2 anos de estudo da língua e várias interpretações erradas. Com 21 (idade que estou atualmente) percebo que é o jornal que melhor concebe o termo “artigo jornalístico”: análises simples, porém embasadas.


O Le Monde Diplomatique veio, também, aos 19. Este, uma análise, às vezes, a fundo das “Interpretações Internacionais”, cujos artigos são feitos por intelectuais de ponta – na maioria professores universitários das mais qualificadas Universidades Internacionais -, e as questões levantadas são de relevante importância no cenário internacional – o meu favorito na língua francesa.


El Pais é um jornal Espanhol renomado. Não senti dificuldades em lê-lo (visto que estudei espanhol na escola e nas palavras que não entendia “chutava” o significado). Um jornal cujo foco é a conjuntura política internacional, com artigos muito bem escritos e editores qualificados e renomados. Ao meu ver, o melhor jornal em Espanhol disparado.

No Brasil há alguns jornais que valem a pena ler, destaco 5: Estado de SP, O Globo, Valor Econômico, Folha de SP, e Brasil Econômico. Como leitor e assinante destes 5, destaco algumas características:


O Estado de SP é um jornal conservador, com seus artigos de primeira página escritos por intelectuais, na maioria das vezes de Direita, um jornal mais intelectual, para aqueles que gostam de uma leitura mais a fundo. Seus artigos internacionais, “quote” de jornais como “New York Times” “Washington Post” e etc., são os melhores – comparados aos jornais brasileiros.


Folha de SP é um jornal rápido, que conta no seu corpo editoral nomes como: Carlos Heitor Cony, Ruy Castro e outros grandes. O maior jornal que cobre furos no país. Quase todos os escândalos envolvendo políticos nesse ano contou, em algum momento, com a participação da Folha.


O Globo é um jornal voltado para o RJ. Análises simples e sem muito esforço intelectual do leitor. É um jornal importante, porém não imprescindível.


Brasil Econômico e Valor Econômico, são os dois gigantes jornais de Economia do Brasil. O Valor conta do Defim Netto em seu corpo, enquanto Brasil Econômico tem, também, ministros e ex ministros, como José Dirceu na sua folha salarial.


E assim acaba, minha não acabada, saga jornalística.. Penso que me foi necessário conhecer os “ruins” primeiro para dar valor aos “bons”. Hoje, devido a falta de tempo, tento ler, pelo menos, 2 destes por dia – o que na maioria das vezes eu consigo.

Na próxima contarei meu fetiche por periódicos como International Security, Council on Foreign Relations, Political Analysis, Quaterly Journal of Economics, Journal of Cold War, entre outros.


PS: Não citei todos os jornais da qual tive o prazer de conhece-los - como Washinton Post, Le Parisien, La razion, Der Spiegel, Reuters, por falta de espaço

domingo, 10 de julho de 2011

Be Free




O conceito de liberdade, nos tempos modernos, toma ares não antes denominados. O ser libertus, hoje, significa ir ao shopping, ir às lojas, ir ao cinema. O fato do indivíduo dotado de poder intelectual decidir as coisas por ele mesmo, e fazer as coisas por ele mesmo, ganhou a semântica de liberdade.

A pessoa que vai a algum lugar pensando ser livre, na verdade, fora influenciada por algo ou alguém. Exemplo disso: uma mulher decidi ir a uma loja comprar sapatos. Essa atitude, à priori independente, ao ser analisada mais a fundo toma outros ares. Primeiro, a mulher, como ser vivente de um ambiente social, foi influenciada pela propaganda no outdoor enquanto dirigia para o seu trabalho, e , o inconsciente desta, guardou tal informação, esperando o “ativador” –marketing.


Marx em seu “Capital” descreve que vendemos nossa força braçal por um salário, nos tornando, assim, assalariados – diz-se: escravos. À margem da reflexão, e presos à rotina, nossa visão de mundo se limita a passar 8 horas no trabalho contando os segundos para sair dele.
Vivemos, hoje, uma massificação do consumo desenfreado e desinibido: não compramos mais o que necessitamos, mas o que nos apresentam como necessários – em suma: não somos mais independentes.


Os poderosos – conhecedores da estupidez humana – sabem que a massa é alienada ( epistemológico: alheio a algo ) e manipulada, por isso, visando seus interesses, criaram a cultura do substituível – “ora, se queremos dominar-lhes, despejamos lixo irracionais neles”. Assim: “aceitem o produto do mês que oferecemos e corram às prateleiras para comprarem; aceitem o salário miserável que lhe pagamos; aceitem os programas culturais que ofertamos; aceitem o programa do Faustão e a novela das 23 horas, em suma: aceitem viver mediocremente.” O ser alienado não faz a diferença: é substituível.


Platão, em sua República, descreveu uma sociedade perfeita e, nesta, não existia filósofos, poetas ou artistas, visto que estes poderiam fazer o que é deveras temido em um estado: excitar o raciocínio. Francis Bacon estava certo ao descrever em Atlântida: o conhecimento é poder. Pena que este, ainda, paira em mãos erradas.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Me desculpe " "



"A sensatez implica em uma opinião contrária àqueles que dizem ser a clonagem do Homem um ardil aético e sacrilégico. Com efeito, faz-se necessário que se mantenha o controle do número de pessoas a serem clonadas. Aliás, um único indivíduo deve ser clonado: Paulo Coelho.
Um conselho sensato ao governo brasileiro seria o de que Brasília deve começar a bajular o geneticista italiano Severino Antinori, bem como sua equipe de gênios e outros loucos empenhados em produzir uma cópia idêntica do ser humano. Temos que fazer com que eles clonem Paulo Coelho! O mago é a solução de todos os nossos problemas!
Uma vez munido de um batalhão de clones de Paulo Coelho, o Brasil não teria mais com o que se preocupar. A escassez pluviométrica agrava a crise energética? Paulo Coelho faz chover! O trânsito em São Paulo anda caótico? Paulo Coelho, com o uso de seus dotes sobrenaturais, abre o trânsito! Mas, mesmo assim, ainda falta capital para prosseguir com os investimentos socio-econômicos...Paulo Coelho sabe como ficar invisível! Assim, ele poderia, sem que fosse notado, ir até as instituições financeiras internacionais e surrupiar alguns bilhões de dólares para que pudéssemos equilibrar nossas finanças!
Paulo Coelho é mesmo um gênio. Faz chover, abre trânsito, fica invisível...falta-lhe tão-somente o bom-senso. Com alguns clones de Paulo Coelho, o Brasil poderia, não obstante, usar o carisma do(s) mago(s) para inserir a audácia na pauta de caráter da sociedade tupiniquim – dificilmente se encontrará alguém mais presunçoso do que o autor de O Alquimista. Sem embargo, criaríamos diversas Academias Municipais de Letras, cada uma presidida por um clone de Paulo Coelho. Não se atesta, com efeito, a qualidade das obras. Mas, afinal, quem se importa com expoentes da excelência literária? Seríamos uma nação próspera! E que nação próspera imprescinde de gênios literários? Poucas. Os Estados Unidos que o digam.
A título de mobilização popular, criaríamos uma organização de defesa à clonagem de Paulo Coelho. FCPC – Fundação “Clonem Paulo Coelho”. Candidato-me, desde já, à presidência da mesma, ao menos até que os clones venham à tona e deponham-me da liderança. Faríamos tal qual em Fahrenheit 451, de Ray Bradbury – lançaríamos numa fogueira de vaidades e bruxarias todos os livros que porventura fossem reprovados pelo “mestre”. Hermann Hesse?! Coelho o considera um escritor tacanho e boçal. Queimemo-o, pois. James Joyce? À fogueira. Victor Hugo? Banido. É Paulo Coelho na Terra e seus magos bisonhos no Céu. Tudo quanto não for aprovado pelo “mestre” e seus clones, lançar-se-á à fogueira.
O Prêmio Nobel de Literatura seria extinto pela razão simplista de que Coelho não aprecia as obras de diversos dos laureados com o título. Jorge Amado seria seu baluarte teórico e mão-direita nos oportunismos. Queimaríamos a Bíblia! O novo Livro Sagrado? O Alquimista, of course. Que se manifeste aquele cuja sugestão for mais coerente.
Toda a base teórico-doutrinária da filosofia ocidental seria destruída, desde os pré-socráticos até Jean-Paul Sartre. Muito naturalmente, o novo baluarte filosófico seria o insosso Nas Margens Do Rio Piedra Sentei E Chorei. Espiritismo?! Para que?! Contentemo-nos com Brida! Quem precisa de Romeu e Julieta quando se tem Diário De Um Mago ?
Numa segunda análise, talvez não lograsse sensatez a precípua atitude de clonar Paulo Coelho. Poderíamos lavrar uma sentença de mediocridade. Coelho e seus clones fariam uso dos mais sórdidos ardis para se perpetuarem na liderança una. E - guarde-me Deus! - quais seriam as reações diante de latrocínios literários cometidos para com as obras de Jorge Luís Borges e William Blake?! É melhor que reflitamos acerca de todos os aspectos, implicações e conseqüências. Clonar ou não clonar Paulo Coelho?
Estou com calor. Paulo Coelho faz ventar. Se tivesse um clone dele à minha disposição, bastaria um estalar de dedos para que eu me refrescasse. Ficar sentado durante muito tempo acaba incomodando. Então por que não levitar?! Paulo Coelho consegue! Inculto que sou, estou lendo uma tragédia grega. Quem tem Veronika Decide Morrer não precisa de Édipo Rei.
Fartei-me. Hei de por termo à pilhéria de malgrados contra a figura do nobre mago (ha ha ha). Coelho não merece tamanha troça e chafurda. Dar-lhe-emos uma chance. Clonemo-o, pois. Todavia, aturde-me tão-somente um fator cuja menção foi, até agora, negligenciada: e quanto aos clones? Muito provavelmente, dedicar-se-ão à arte literária. E entupirão o mercado com títulos como O Alquimista – o retorno e Veronika Decide Ressuscitar.
Ater-me-ei às argumentações, de maneira que não pretendo vaticinar nenhuma decisão. Proponho que a pauta concernente à clonagem de Paulo Coelho seja submetida a escrutínio popular. Realizemos um plesbiscito – Paulo Coelho deve ou não ser clonado? E enviemos, sem embargo, a pauta para que os parlamentares possam discuti-la, e, uma vez que não estejam muito ocupados com o montante de CPI’s, deliberem a respeito.
Joguei pela janela um livro de Edgar Allan Poe e peguei O Demônio e a Srta. Prym. É muito melhor! Paulo Coelho é vanguarda! Sublime! Genial! Shakespeare não é nada! E quanto àqueles ignóbeis e incultos senhores da Academia Brasileira de Letras, que calem a boca e passem a agir de maneira mais sensata, de modo a integrar Paulo Coelho à seara dos imortais. Morte e Vida Severina? Uma asneira. Realidade social transposta para o meio literário é conversa fiada. Bom mesmo é bruxaria fajuta e esoterismo de folhetim. "

Escrito por Lindolpho Cademartori

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Voltei( e agora será diariamente)


"Se não sabes, aprende; se já sabes, ensina."





Colegas que fazem direito e estão prestes a serem advogados, repudiam-me –a mim e ao meu “pobre” curso-. Ora, é minha decisão escolher ser pobre e infeliz pelo resto da vida, meu caro. Deixe-me sofrer as mazelas de estudar Heiddeger, passando por Proust e parando em Camus sem ser incomodado. Eu, em momento algum, disse que você, ab-futuru-s, será um advogado que venderá seu intelecto a meras separações litigiosas.

"Uma noite rotineira e uma pragmatização a respeito da Licenciatura..."

Amontoados alunos sentam-se ao meu lado na universidade. Agora, quantos dos meus colegas, realmente, gostariam de estar ali...
Faço um curso que, para dizer o mínimo, é mal visto por todos que almejam orgias monetárias-licenciatura francesa-. Não causo inveja a ninguém ao falar que faço superior na área de letras, ao qual é muito mal visto e cheios de preconceitos perante os cursos tradicionais, tais como: economia, direito, medicina, farmácia, odontologia.Eu, inquieto que sou, averigüei. Fiz uma enquete para saber quantos, em números exatos, decidiram por livre e espontânea ideologia fazer o curso. Resultado: de 15 alunos, 4 alí estavam por prazer, enquanto que o restante sonhava com as prerrogativas de um médico, um advogado, um dentista.Ou seja: estavam ali por não terem a capacidade de passarem em um curso “melhor” ou por não terem dinheiro para pagá-lo ou, ainda, por quererem ter um curso superior(não importando que seja em ciência do lixo ). As pessoas que, ali(na sala de aula), compartilham de um espaço comigo, de fato, não queriam estar, e, elas próprias estão corroídas de devaneios e desestímulos pela profissão.


Agora, vaticinarei: numa sala com 15 pessoas propensas a serem educadores, 11 não o querem ser e, pior, só estão ali por falta de oportunidades em outros cursos, é algo que, para dizer o mínimo, preocupa. Levo a coisa a um patamar mais elevado. O que , de fato, empobrece o ensino no Brasil -além de todas os trâmites da União em tirar os 18% que seriam destinados a fins educativos e o descaso que o Governo, tanto Estadual quanto Municipal, tem perante ao que, de longe, é o bem mais precioso que existe – são os nouveau professeur. Estes, que à priori são os “enrustidos”, os “invejosos”; à posteriori serão os detentores do (não) saber. A catástrofe já está formada: professores frustrados em não serem um advogado detentor de carrões importados dando aula a pobres e inocentes almas que, (in)consciente, imploram conhecimento.Este é um aspecto que vem, cada dia mais, empobrecendo o curso de licenciatura, seja na História, seja na Geografia, seja nas Letras. A verdade é: esses cursos atraem os piores alunos, enquanto que, Direito, Economia, Medicina, Engenharia e outros cursos considerados “nobres” atraem a bagatela(elite). Ficamos com a sobra, na verdade, somos a sobra. É tratado universitário: alguém em sã consciência NUNCA faria um curso de licenciatura tendo absoluta capacidade e condição de fazer Direito ou Medicina.

Porém, como sempre há de praxe a exceção: e aqueles que, de fato, são capazes, estão ali porque são infelizes e gostam de licenciatura ? A estes, o destino é certo: mestrados, doutorados e concursos públicos. Estes o ensino público( mal remunerado), talvez, nunca os terá. O que, ao meu ver, é uma tragédia grega. Estes(os capacitados) deveriam ser absorvidos pela esfera pública, tanto Municipal quanto Estadual, para Ensinarem(com E maiúsculo). Sei que não me adianta reclamar. Talvez nunca mude. Os melhores, visto as péssimas condições de ensino estadual e municipal, sem atrativos econômicos e qualitativos, sempre procurarão as melhores oportunidades e viverão o egocentrismo freudiano à máxima, enquanto o árduo e cansativo dever de ensinar ficará para quarto ou quinto plano.


Sem mais delongas:
José Mário Ribeiro Silva



Ps: Voltei e, agora, será um post per day